Os maiores desafios enfrentados pelos prestadores de serviços de Saúde – médicos e hospitais – em 2012 voltaram-se principalmente para o financiamento do Setor. Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Florentino Cardoso, havia uma expectativa que a regulamentação da Emenda Constitucional 29 iria colocar mais recurso na saúde, mas isso efetivamente não ocorreu. O presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), Francisco Balestrin, por sua vez, defendeu que o investimento do governo na Saúde é uma questão de justiça social, dando condições ao cidadão de ter acesso à Saúde Pública digna e apresentando a Saúde Suplementar como uma opção e não uma necessidade do cidadão.
Para a AMB, há três grandes problemas na saúde pública: o subfinanciamento, a corrupção e a gestão “politizada e politiqueira”. Contudo, o presidente da entidade afirma que o pior dos problemas está na falta de investimento. “Por exemplo, não adiantava nada não ter corrupção, ótima gestão, se não tiver dinheiro. O Brasil investe na saúde pública, em termos de percentual do PIB, menos do que a Argentina, Chile, Uruguai e alguns países africanos”.
Para tentar reverter esse quadro, a AMB, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançou uma campanha de coleta de assinaturas este ano, para validar um projeto de iniciativa popular que obrigue a União a investir pelo menos 10% da receita corrente bruta em Saúde. “O projeto tem tido o apoio de várias instituições, tanto da área médica, quanto de outros profissionais de saúde e de outras áreas também, reconhecendo que é fundamental que a saúde pública seja melhor financiada”. A expectativa, segundo Dr. Florentino é de que, em 2013, sejam levadas ao Congresso Nacional mais de 1,5 milhão de assinaturas para que o projeto entre em votação.
Em relação ao relacionamento com as operadoras, em 2012, a remuneração dos prestadores foi uma das maiores dificuldades enfrentadas. Os médicos fizeram muita pressão para que as operadoras aceitassem conversar, chegando a um resultado positivo, mas que, para a categoria, ainda não foi suficiente. Segundo o presidente da AMB, existe uma tendência à melhoria da remuneração, mas ainda está aquém do que os médicos gostariam. “As negociações tem avançado num ritmo mais lento do que gostaríamos, mas tem avançado. A posição da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deveria ser mais firme, defendendo, principalmente, o que é melhor para a população. A ANS poderia ser mais ágil”. Quanto aos hospitais, as discussões com relação ao modelo de remuneração se prolongam e prosseguem, mas ainda sem chegar a um resultado final que seja razoável para todos os setores – operadoras, prestadores e financiadores (empresas e cidadãos). “As perspectivas são positivas. O que esperamos é que a ANS continue criando condições favoráveis para que o consumidor possa fazer suas opções, de forma correta. Para os hospitais que investiram, como os da Anahp, em qualidade e segurança, isso é muito importante”, afirmou Balestrin.
Fonte: Informativo Política & Poder/DF
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