Número de infartos entre mulheres aumentou de 10% a 48% nos últimos 50 anos

Elas conquistaram o mercado de trabalho mas não abriram mão de manter a casa em ordem, dar atenção à família e… ufa, ainda cuidar da beleza. Apesar dos benefícios da emancipação feminina, um preço se estampa em índices de saúde: nos últimos 50 anos, houve um aumento significativo no número de infartos entre as mulheres, mostram dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Enquanto há meio século elas representavam apenas 10% das ocorrências, hoje estão quase empatadas com os homens — são 48%.
Conforme o cardiologista Antonio Carlos Carvalho, diretor do Comitê de Emergências Cardiovasculares da SBC, o aumento no número de infartadas se dá principalmente porque as mulheres passaram a desenvolver fatores de risco para doenças cardiovasculares semelhantes aos dos homens, como obesidade, sedentarismo e pressão alta. Mas elas não dão a mesma atenção aos cuidados que devem ter com o coração.
— Culturalmente, elas se preocupam mais com outras doenças, como câncer de mama ou de ovário, e por isso não se informam sobre os problemas cardiovasculares. Elas levam os maridos ao consultório, mas não avaliam os próprios riscos.
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Fonte: Jornal de SC