“A medicina é uma profissão exercida com muito mais do que a vocação. Para ser médico é preciso paixão e compaixão por aquele que se encontra fragilizado pelo problema da sua saúde. É preciso ser ético, humano e ter a inquietude em seu ser, para melhorar as condições do atendimento do paciente, não deixando que os obstáculos, as dificuldades, e sobretudo o tempo, enferrujem a alma”.
A definição é do médico Albino José de Souza Filho, pneumologista de Criciúma que empresta seu nome ao Centro de Pesquisa do Hospital São José, pela importância de seu trabalho em defesa da população catarinense, em especial no sul do estado. Entre as suas grandes ações, destaca-se o importante trabalho no tratamento da Fibrose Pulmonar Maciça Progressiva que levou a mudanças na Legislação Previdenciária Brasileira e também no Ministério do Trabalho, resultando em maior proteção aos operários das minas da região e de todo o país, com as novas normas de segurança e prevenção da doença. Por essa contribuição, o médico recebeu premiação conferida pela Academia Nacional de Medicina e foi convidado para ser assessor técnico de doenças pulmonares ocupacionais, do Ministério da Saúde, em Brasília, auxiliando na elaboração do Manual Nacional de Normas e Controle das Pneumoconioses.
No seu histórico profissional há inúmeras homenagens, entre as quais ele destaca a premiação recebida pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), em reconhecimento às suas atividades em prol da saúde de Santa Catarina, em 2012, e o Diploma de Mérito Médico, conferido pelo Conselho Regional de Medicina em 2014. Tem inúmeros trabalhos publicados em livros, revistas médicas nacionais e internacionais. Exerceu vários cargos na regional médica carbonífera e no Hospital São José, como Diretor Clínico, coordenador da Residência Médica e chefe do serviço de Clínica Médica e Pneumologia.
Em seus 50 anos de prática médica, acompanhou os avanços nos cuidados com a saúde. Sua trajetória não apenas lhe confere a experiência, mas também o conhecimento das necessidades da profissão. “A medicina atual é baseada em evidências, cercada de grandes equipes, inúmeros recursos tecnológicos e de alta complexidade. Porém, segue sendo fundamental a atenção do médico à história clínica do paciente e o exame físico detalhado e humano”.
IMPORTANTE SABER
Caos na saúde básica do Brasil
Veja os principais resultados de estudo feito pelo Sistema Nacional de Fiscalização do Conselho Federal de Medicina em unidades básicas de saúde no Brasil, no final do ano de 2014:
• 38% das unidades têm mais de 50 itens em desconformidade com o estabelecido pelas normas sanitárias;
• 37% das unidades não têm sanitário adaptado para deficiente;
• 29% das unidades que deveriam oferecer um tratamento emergencial não têm seringas, agulhas e equipos para aplicações endovenosas;
• 25% não têm sala de expurgo ou esterilização;
• 22% não têm sala de espera com bancos ou cadeiras apropriadas para os pacientes;
• 18% não têm sala ou armário para depósito de material de limpeza;
• 17% estão com as instalações elétricas e hidráulicas inadequadas;
• 6% não têm sala de atendimento de enfermagem;
• 5% não têm qualquer sanitário para pacientes
• 4% não têm sequer consultório médico.
Esta Coluna é uma homenagem da Associação Catarinense de Medicina aos médicos que se destacam na defesa da saúde de qualidade dos catarinenses, na luta pelo mais importante direito da cidadania plena e por condições dignas de trabalho daqueles que diariamente protegem a vida.
Fonte: Diário Catarinense – A Notícia – Jornal de Santa Catarina (09/03/2015)
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