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Maria Marlene de Souza Pires vai ocupar a Cadeira de número 16 da Academia Brasileira de Pediatria

Santa Catarina agora tem dois representantes entre os 30 Titulares deste importante órgão de aconselhamento e de assessoramento do Conselho Superior e da Diretoria da SBP

Após 40 anos de dedicação à pediatria, puericultura, nutrologia pediátrica, ensino médico e pesquisa, a pediatra Maria Marlene de Souza Pires recebe o reconhecimento de seus pares ao ser eleita para ocupar a cadeira de número 16 da Academia Brasileira de Pediatria, do patrono Dr. Luiz Torres Barbosa. “Terei a honra de ser conduzida ao meu lugar pelo Titular da Cadeira 20, Prof. Dr. Nelson Grisard, também catarinense. Ter a oportunidade ímpar de participar da Academia transborda meu coração de emoções e gratidão. Esse estender de mãos em minha direção possibilitou a abertura de novos caminhos e desafios e, sem dúvida alguma, representa uma fonte de energia para criação de outros projetos para abraçar ainda mais nossas crianças e suas famílias”.

Desde que recebeu a comunicação oficial da sua inclusão nesse seleto grupo, no dia 29 de junho de 2021, a médica passou a pesquisar sobre a história de cada um dos membros da instituição. “O resultado não foi inesperado: a grandeza e competência dos acadêmicos que edificam continuamente a Academia Brasileira de Pediatria, que é um farol norteador dos princípios morais e éticos no cuidado da criança e do adolescente, no seu contexto familiar, social e educacional. É também fonte de inspiração, para o exercício da pediatria, nas diferentes nuanças da arte dessa especialidade”.

Importante conquista

Os verbos que gosto de conjugar são: aprender, construir e amar, todos com um denominador comum: por quê/para quê? Penso que se assim for, a reflexão estará sempre presente e haverá movimento, tendo em vista que a vida é um vir a ser, um movimento constante, e me sinto preparada para mais esse passo. Dessa forma, minha vivência, como pediatra, construiu caminhos e degraus para ser abençoada com esse prêmio, no entanto, tenho consciência de que minha caminhada até aqui não derivou, somente, do meu esforço; mas, sim, do olhar atento de cada uma das pessoas que compartilhou seu tempo e espaço comigo: acolhendo, incluindo, ensinando e construindo. Dessa parceria e apoio de uma rede, conseguimos realizar vários projetos, e agora poderemos fazer muito mais, tendo a Academia Brasileira de Pediatria ainda mais próxima da nossa Sociedade Catarinense de Pediatria.

Reconhecimento Nacional por conta de inúmeros projetos executados

– Programa Fórmulas Infantis: Desde 1994 a Dra. Maria Marlene tem se empenhado na construção e implantação do Programa Fórmulas Infantis – PFI, destinado a crianças com alergia alimentar, inédito no país, e que foi divulgado em rede nacional através do trabalho realizado no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) e na Secretaria Municipal de Saúde, da Prefeitura de Florianópolis. “O mesmo projeto foi modelo para a criação de programas em outros locais do Brasil, onde pudemos apresentar nossa experiência. Esse programa Fórmulas Infantis ficou sob minha coordenação por 12 anos, no HIJG, sendo posteriormente transferido para o setor de Pediatria da PMF. O projeto se destina a dar suporte a criança em atendimento ambulatorial”, revela.

A pediatra não tem ideia de quantas crianças e famílias foram beneficiadas com o projeto de fórmulas infantis. “Tomei a decisão de ampliá-lo por se fazer necessário frente a outras necessidades, como a ampliação da faixa etária de 6 a 36 meses de risco nutricional (ou mais precoce quando necessário), atender a filhos de mães HIV positivadas; crianças com Síndrome de Má Absorção; crianças com alergia à proteína do leite de vaca; as que apresentam falência do crescimento por vários motivos. As crianças que apresentavam essa enfermidade ou perfil tinham em média seis meses de idade. Momento importantíssimo dos primeiros mil dias de vida, tendo em vista o crescimento acelerado nessa faixa etária, principalmente do cérebro”.

Maria Marlene participou da elaboração e implantação de vários e inéditos trabalhos que merecem reconhecimento, mas ela destaca outros três: o Projeto Político Pedagógico do Ambulatório de Puericultura, baseada nas 15 Competências do Pediatra na Puericultura no Hospital Infantil (HIJG), em Florianópolis e que resultou em projeto de capacitação profissional, a pedido da SBP. Ela adiantou que a equipe pretende promover cursos, bem como lançar um livro sobre as 15 competências, com o objetivo de instrumentalizar os pediatras com outras ferramentas de habilidades, para este trabalho gigantesco e importante, que realizam junto a criança e sua família. O outro projeto que ela destaca é o que realizou em, 1998, junto com a Dra. Leonice Tobias na Construção e Implantação da Caderneta de Saúde da Criança e do Adolescente do Programa Capital Criança da PMF- Florianópolis. Esta foi a primeira Caderneta de Saúde que acompanhava a criança desde o período pré-natal até 20 anos idade. “Sempre sonhei em construir um documento que pudesse ser um instrumento não só de coleta de dados, mas também de informações úteis para família, educação e saúde. Foi a partir dessa semente que no decorrer dos anos seguintes, por meio das experiências adquiridas e do processo de ensino-aprendizagem que nasceu o projeto das 15 competências do pediatra na puericultura. Projeto Político Pedagógico do curso de graduação em medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC. Criou e implantou o referido projeto o dentro da metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas. Em parceria com os professores da UFSC, Dra. Silvia Modesto Nassar e Dr. Mauricio Pereima construiu todo material didático (durante 6 anos), compreendendo 24 módulos com 7 problemas clínicos em cada um (168 problemas) com manual de estudo e orientação para professores e alunos da UNESC.

Nesse período, sob a sombra da pandemia, ela continuou seu trabalho, porém de forma on-line, participando de eventos da sociedade, bancas de TCC, mestrado e doutorado, orientações, redação de capítulos de livros, que estão no prelo (ABRAN, SBP e PROPED), publicação de artigos científicos, ministrando aulas para graduação em medicina e pós-graduação. Recentemente participou de bancas de PIBIC (duas delas), PROPESC e banca de concurso da UNIFESP. Muitos dos inúmeros trabalhos e projetos que contaram com a criatividade e participação da pediatra Maria Marlene de Souza Pires mudaram o rumo da pediatria no Hospital Universitário, no Hospital Infantil, bem como da Nutrologia Pediátrica em Santa Catarina. Entre eles destaque para:

  • Implantação do Serviço de Nutrologia do Hospital Infantil Joana de Gusmão
  • Implantação da Residência de Pediatria do Hospital Universitário – UFSC
  • Implantação da Residência de Nutrologia Hospital Infantil Joana de Gusmão
  • Formação de vários mestres e doutores, no Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas – UFSC
  • Capítulos de livros em vários livros de Pediatria, incluindo o Tratado de Pediatria

Currículo resumidíssimo:

Pediatra Nutróloga, Doutorado em Medicina/Pediatria – USP; Pós-graduação em Nutrologia _ USP; Professora Titular do Departamento de Pediatria, Professora Orientadora da Pós-Graduação em Ciências Médica e Coordenadora do Laboratório Clínico e Experimental em Metabologia MENULab da Universidade Federal de Santa Catarina; pesquisadora  do Laboratório de Inteligência Artificial e Sistemas Inteligentes do Centro Tecnológico – CTC-UFSC, Membro Titular da Academia de Medicina do Estado de Santa Catarina-ACAMESC, cadeira 45 (2014).

Academia Brasileira de Pediatria

A Academia Brasileira de Pediatria é um órgão de aconselhamento e de assessoramento do Conselho Superior e da Diretoria da SBP. Foi criada na gestão de Mário Santoro Junior, e seu primeiro Presidente foi Nelson Barros. A sua posse foi em 7 de março de 1997, na sede da Academia Nacional de Medicina. São 30 acadêmicos titulares, eleitos por seus pares, com seus respectivos patronos, figuras exponenciais da pediatria brasileira. Sua sede é no Memorial da Pediatria Brasileira, localizado no Cosme Velho, Rio de Janeiro, inaugurado em 27 de julho de 2000, por Lincoln Freire, seu idealizador e então Presidente da SBP.

Os acadêmicos são, na opinião de seus colegas, um grupo que bem representa a pediatria brasileira, do ponto de vista pessoal e profissional. Representam um patrimônio de cultura, civilidade e serviço à sociedade, que ultrapassa a dimensão puramente técnica da profissão. Entre suas principais atividades, a Academia tem participado ativamente da constituição do Memorial da Pediatria Brasileira.

A ABP tem se dedicado a promover a discussão e reflexão sobre os grandes temas da pediatria, principalmente na interface com a sociedade civil e ensino médico. Os Fóruns da ABP tornaram-se uma tradição, tendo à sua frente um grupo dedicado, liderado por Julio Dickstein. 


O patrono é o primeiro a ocupar a cadeira, e o titular é o que a ocupa na sequência. No caso do Dr. Nelson Grisard, o Patrono foi o Dr. Antonio Simão dos Santos Figueira. Já a Cadeira 16, a ser ocupada pela pediatra catarinense, teve como patrono o Dr. Luiz Torres Barbosa e primeiro titular o Dr. Antonio Márcio Junqueira (Acadêmico emérito),

 

 

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