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Quando o ambiente de trabalho torna-se um problema para nossa saúde?

Os cuidados com a saúde também devem levar em conta, além de uma boa alimentação, os ambientes que frequentamos.
Para a Organização Mundial da Saúde, OMS, “Saúde é um estado de completo bem-estar físico mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. Por isso, atentarmos para os ambientes que frequentas e a forma como nos relacionamos com pessoas e com o espaço é tão importante para nossa saúde quanto uma alimentação saudável. Passamos uma parte significativa de nossos dias no ambiente de trabalho. Ele pode tanto gerar prazer e bem-estar, quanto trazer angústia e sofrimento. Segundo dados da OMS, cerca de 30% dos trabalhadores sofrem de transtornos mentais menores, e cerca de 10% sofrem de transtornos mentais graves.
Um ambiente de trabalho não saudável é fator de risco para doença mental relacionado ao trabalho. Em geral, os ambientes laborais que são fatores de risco são aqueles em que compartilham de uma ou mais características como: situações de trabalho frustrantes; exigências excessiva de desempenho; demissão em massa; assédio moral; experiência de acidente de trabalho consigo ou com terceiros; violência no trabalho; suicídio relacionado ao trabalho de colegas; riscos ambientais (químicos, físicos, outros); ausência / ineficácia das medidas de proteção (individual / coletiva); dificuldades no relacionamento com colegas e chefias; maior grau de insatisfação e não realização no trabalho; discriminação e desqualificação do trabalho.
O médico psiquiatra João Paulo de Oliveira Branco Martins, membro da Associação Catarinense de Psiquiatria, ACP, esclarece que os malefícios de um ambiente de trabalho não sadio pode implicar em sintomas mais discretos, como uma dor corporal, a problemas mais graves, como a Depressão: “Pode ocorrer desde sintomas isolados físicos (dores localizadas que cessam com repouso) e psíquicos (irritabilidade, distúrbios do sono, perda de prazer), até mesmo a um transtorno mental mais grave como depressão, estado de estresse pós-traumático e síndrome do esgotamento (síndrome de burn-out). Quando se trata dos transtornos mentais há um impacto laboral que se traduz em improdutividade e consequentemente pode acentuar exigências dos superiores para melhor desempenho”.
O psiquiatra nos alerta quanto aos diagnósticos mais frequentes em decorrência do convívio em um ambiente de trabalho negativo: “Episódios depressivos; estado de estresse pós-traumático; aumento do consumo de álcool fazendo uso abusivo ou dependência; transtorno do ciclo vigília-sono e síndrome do esgotamento (burn-out) e neurastenia (inclui síndrome de fadiga). Essas são as doenças mais comuns.”, alerta João Paulo de Oliveira Branco Martins. Vale ressaltar que são transtornos de notificação compulsória quando o médico nota que elas podem ter nexo causal com o trabalho.
Perceber o que torna um ambiente de trabalho não sadio também pode contribuir para que se diminua o problema. O psiquiatra da ACP destaca que a primeira medita a ser tomada é expor aos superiores que o clima de trabalho não está favorável: “Em primeiro lugar comunicar aos superiores sobre a questão que estaria gerando riscos de adoecimento. Por orientação do superior ou até mesmo em exames médicos periódicos o trabalhador pode comunicar o fato ao médico do trabalho da sua empresa e ao técnico de segurança do trabalho para avaliação e proposição de mudanças no ambiente que gera riscos psicossociais”.
Geralmente os profissionais de saúde, técnicos em segurança do trabalho e engenheiros do trabalho não estão presentes nas decisões de processo de trabalho, assim há uma probabilidade maior de não se pensar nas questões de saúde. O empresário/coordenador de equipe tem, na maioria das vezes, uma visão de mercado, assim, contar com uma consultoria, poderia prevenir esses acidentes. Para o psiquiatra João Paulo de Oliveira Branco Martins: “Outra questão é a periodicidade de exames médicos nos trabalhadores, bem como a formação de programas de cuidados da saúde do trabalhador. Na saúde mental, experiências com grupos psicoterápicos têm colaborado para diminuir a incidência de transtornos mentais, bem como fazer com que o empregador perceba os fatores de risco.”, finaliza o psiquiatra da ACP.
Fonte: Associação Catarinense de Psiquiatria.
Amanda Nascimento – Jornalista.
amanda@apoiocomunicacao.com.br

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