Fórum ACM Telemedicina cria força-tarefa para encaminhar sugestões qualificadas à reedição da Resolução do CFM

A sede da Associação Catarinense de Medicina recebeu médicos de diversas especialidades na noite desta quarta-feira (dia 13 de fevereiro) para o estudo e a apresentação de melhorias da Resolução nº 2.227/18, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que normatiza a prática da telemedicina no Brasil. O Fórum ACM Telemedicina foi a primeira de uma série de reuniões que acontecerão nos próximos 60 dias, prazo definido pelo CFM para a coleta de sugestões que visam ao aperfeiçoamento da regulamentação da consulta online, da telecirurgia e do telediagnóstico, entre outras formas de atendimento à distância. A Resolução será reeditada em 90 dias, desta vez com ampla participação dos médicos de todo o país.

Na certeza de que a telemedicina já é uma realidade e que os médicos são protagonistas da normatização da atividade, o presidente da ACM, Ademar José de Oliveira Paes Junior organizou o Fórum, que terá suas ações compartilhadas de forma estreita com as demais entidades médicas, como o Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Médicos. “Nosso objetivo é criar uma força-tarefa para formular sugestões realmente construtivas e qualificadas à Resolução da Telemedicina”, afirmou o dirigente, que receberá as primeiras sugestões, enquanto dá sequência aos encontros. A estratégia inclui a formação de grupos de estudos e a realização de debates para cada um dos dezenove artigos da Resolução.

Durante o encontro, o médico Juliano Pereima de Oliveira Pinto, conselheiro representante da Associação no Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) apresentou um resumo do II Fórum de Telemedicina promovido pelo CFM, no dia 7 de fevereiro, em Brasília, no qual esteve presente. Ele destacou os temas mais polêmicos nos artigos e parágrafos da Resolução, que envolvem o respeito à relação médico-paciente, a definição de áreas geograficamente remotas, o crescimento na demanda de exames complementares, a salvaguarda das informações, a remuneração e os custos dos sistemas de registros eletrônicos. “A Resolução é imprescindível, mas é preciso ainda aperfeiçoar a redação e tomar cuidados nos detalhes, pois disso é feita a legislação”, avaliou o conselheiro.