Orçamento para a Saúde em pauta na Câmara e no Senado

Os plenários da Câmara e do Senado devem aprovar, em fevereiro, o Orçamento da União para 2013, já votado pela Comissão Mista de Orçamento. O setor de saúde, terá recursos de R$ 99,4 bilhões, mas apenas R$ 88 bilhões vão compor o piso constitucional. Para o presidente da Frente Parlamentar de Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), o aporte de mais R$ 10 bilhões em relação ao que foi efetivamente gasto pelo Ministério da saúde foi resultado de um trabalho junto aos relatores do Orçamento. Ainda assim, o parlamentar afirmou que o montante final não será suficiente para conter a crise do Setor que, segundo ele, precisaria de pelo menos mais R$ 50 bilhões. Perondi destacou, também, que o País possui grandes gargalos de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), como a falta de vagas na UTI e nas emergências e as intermináveis filas para cirurgias. Para ele, falta ao governo priorizar a Saúde para que haja alguma mudança significativa.
O Brasil investe, hoje, em Saúde, menos do que alguns países da América Latina e da África, chegando a 8% do PIB, dos quais mais da metade é financiado pela Saúde privada e suplementar. O fato já se reflete na satisfação da população. Segundo os dados da última pesquisa de opinião divulgada em dezembro pelo Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 74% dos cidadãos brasileiros desaprovam a atuação do Governo Federal na condução da saúde, maior percentual já registrado desde que a pesquisa é realizada. Aumentou 13 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, divulgada em setembro de 2012. Apenas 25% dos brasileiros estão satisfeitos com o que lhes é oferecido pelo SUS. “De cada 10 brasileiros, quase 8 rejeitam o Governo na área da saúde. Não adianta colocar dinheiro em estradas, no combate à inflação, na redução de impostos e no preço da luz, se as pessoas têm dificuldade de acesso à Saúde”, disse Perondi.
 
Fonte: Abramge