160 hospitais em SC aderem à paralisação nacional nesta segunda

Hospitais filantrópicos e privados de Santa Catarina aderiram à mobilização nacional que pede reajuste dos valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A defasagem chega a 200%, de acordo com a Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarinense Federação das Santas Casas. Em Santa Catarina, 160 hospitais participam do protesto e atendem apenas casos de urgência e emergência. As cirurgias eletivas marcadas para o dia foram canceladas. Apenas serão feitos procedimentos que não puderam ser desmarcados. Nesta terça-feira (9), as atividades devem estar normalizadas.
 
O diretor executivo da Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarina, Braz Vieira, destaca que, nos 20 procedimentos mais realizados, o SUS paga apenas 40% do valor gasto. “A rede prestadora de serviço que atendem o SUS estão com uma defasagem muito grande entre o valor que é pago pelo sistema e o que realmente valem os procedimentos. Está chegando no limite da responsabilidade”.
 
A categoria informa que os hospitais estão com dificuldade de atender a população por falta de recursos. “Hoje é uma mobilização, mas a situação pode piorar. O Hospital de Fraiburgo fechou, o de Tijucas está fechando e muitos outros estão vindo neste mesmo caminho”, enfatiza Vieira.
 
Segundo a Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarina, 77% dos pacientes atendidos pelo SUS no estado são recebidos por unidades conveniadas. Braz Vieira ressalta que a maioria das regiões catarinenses são atendidas por esta rede. “Hospitais públicos temos em Florianópolis, Joinville e Ibirama. No estado temos quatro organizações sociais, que ficam em São Miguel do Oeste, Araranguá, Florianópolis e Joinville. As demais regiões estão todas em hospitais filantrópicos ou privados”, finaliza Vieira.
 
Fonte: G1 SC