ACM em reunião das entidades médicas nacionais para decidir movimento da categoria contra importação de médicos sem revalidação de diplomas

 
O presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Aguinel José Bastian Junior está em São Paulo nesta manhã de quarta-feira (26/06), reunido com lideranças médicas de todo o país, para decidir os rumos do movimento de protesto da categoria contra a proposta de importação de médicos estrangeiros ao Brasil sem a aplicação do exame de revalidação dos diplomas. A mobilização dos médicos integra dirigentes da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), assim como suas entidades estaduais. O encontro tem como meta elaborar calendário de manifestações da classe, em resposta aos últimos pronunciamentos da presidente Dilma Roussef sobre as alternativas do Governo Federal à grave crise que assola a saúde no país, uma das principais queixas dos milhões de brasileiros que invadiram as ruas das maiores cidades da Nação nos últimos dias. Entre as propostas está a paralisação nacional dos médicos, com data previamente estabelecida para o dia 3 de julho próximo.
 

 
Em Santa Catarina, o presidente da ACM tem sido um dos mais ferrenhos críticos à ineficiência dos governos frente às inúmeras dificuldades da saúde e também diante da proposta descabida de importação de médicos. Em artigo divulgado na imprensa do estado, o médico Aguinel José Bastian Junior foi categórico: “Dói ouvir a presidente se referir ao recurso destinado à saúde como gasto, porque no combate à dor do povo não se gasta, se investe. O povo nas ruas é sinal claro de indignação e se uns poucos desatinados baderneiros assustam os passantes com pedras, paus e incêndios, a massa já incontável de manifestantes conscientes que protestam de forma ordeira espalha o espírito de cidadania e mata de medo os que se servem nos cargos públicos sem servir aos que lhes confiaram o poder”.