Murillo Ronald Capella
Ex-presidente ACM
Sou “casado” com a medicina há 65 anos, somando o tempo de faculdade, de residência médica e de exercício profissional. Na longa carreira de cirurgião pediátrico, atuei sempre em hospitais públicos: o Hospital Infantil Edith Gama Ramos (1964 a 1979) e seu sucessor Hospital Infantil Joana de Gusmão (1980 a 2007). Atendi pacientes no ambulatório, no serviço de emergência, nas enfermarias, na UTI, no centro cirúrgico e, por três vezes, fui diretor geral dos referidos hospitais, referências no ensino e na assistência pediátrica em nosso Estado. Desde 2007 não atendo pacientes, mas ensino Medicina como professor universitário.
Naquele longo tempo, ouvi pouco, dirigindo-se a mim e a outros médicos, o sempre bem-vindo “Obrigado, doutor”, uma forma de gratidão pelo atendimento e recuperação da saúde de um filho. Repito, poucas vezes. Praticamente, o reconhecimento público do trabalho de todos os valorosos profissionais da saúde nunca foi reconhecido. Poucas vezes, ouvi palavras de gratidão àqueles que se empenhavam, algumas vezes sem condições ideais de trabalho, para recuperar a saúde das crianças assistidas.
Agora, pelo que temos visto, um vírus mudou tudo. O coronavírus chegou para que a atuação dos profissionais da saúde fosse reconhecida no mundo inteiro. A mídia internacional e as redes sociais têm feito o seu papel mostrando esse gesto de solidariedade. Eu tinha que estar vivo para ver essa manifestação de gratidão. Ainda bem.
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