Após meses de impasse, obras do Cepon serão retomadas nesta terça

Após meses de um impasse envolvendo a posse do terreno onde funciona o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon) em Florianópolis, a Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece) informou que as obras de ampliação do centro cirúrgico serão retomados nesta terça-feira (22), o que representa o fim da espera para muitos pacientes.
As obras ficaram paradas por seis meses, por falta de verba. A reforma foi interrompida por uma questão burocrática: em 2001 o governo do estado havia doado a área para a Fahece, mas agora precisou reaver a posse do terreno para que fosse possível a liberação dos recursos.
A posse da área pelo governo do estado era uma condição do BNDES para a liberação dos R$ 5,1 milhões que o governo pediu emprestado ao banco pra finalizar o centro cirúrgico do Cepon.
Previsão de término
Com a escritura do terreno devolvida ao governo de Santa Catarina, as obras serão retomadas. Ainda de acordo com a Fahece, a nova ala deve ficar pronta em janeiro de 2016 e começará a funcionar a partir de julho do mesmo ano.
“O reinício da ala será amanhã [terça] às 9h. A Fahece recebeu R$ 500 mil em relação à medição, que já existia em poder da Secretaria de Saúde, e o restante será feito naturalmente dentro do cronograma com os recursos”, disse o presidente da Fahece, Tertuliano Xavier de Brito.
“Com a questão jurídica resolvida, retoma-se a normalidade dos pagamentos”, disse o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing.
Depois da ala pronta, a Secretaria de Saúde irá fazer licitações para a compra de equipamentos para a UTI e as salas cirúrgicas.
Atualmente, o Cepon faz 150 cirurgias de pequena e média complexidade por mês. Com a nova ala, mais 160 procedimentos, de alta complexidade, poderiam ser feitos.
Transferência
A Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece) decidiu no início de setembro transferir ao Estado o terreno do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis.
Em nota oficial, o conselho curador da Fahece informa que aceitou assinar um termo de compromisso de transferência do terreno mediante algumas garantias do Governo. Entre elas, está a transferência do recurso do BNDES à fundação para a retomada das obras do centro cirurgico.
A Fahece, que é entidade privada sem fins lucrativos, também pede a garantia de renovação do contrato de administração do centro por cinco anos, com possibilidade de prorrogação. No documento, também é solicitada a transferência do serviço de transplante de medula óssea do Hospital Celso Ramos para o Cepon.
A decisão foi tomada na noite do dia 1º de setembro e encaminhada para a 25ª Promotoria de Justiça da Capital. Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, os termos da Fahece foram aceitos pelo Estado.
Fonte: G1 SC