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CFM quer a melhora da formação oferecida pelos cursos de Medicina

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota nesta quinta-feira (6) na qual classifica o exame de fim de curso, patrocinado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) como instrumento metodológico relevante para mensurar – de forma quantitativa – o nível do conhecimento obtido pelos egressos das escolas de medicina.
 
As conclusões do exame foram divulgadas no dia 5. Mais da metade dos candidatos (54,5%) foram reprovados. “Infelizmente, os resultados alcançados confirmam a suposição de que a qualidade da formação oferecida está abaixo das necessidades, realidade constatada em São Paulo e que acreditamos seja a mesma em todos os Estados”, pontuou o documento.
 
O Conselho afirmou ainda na nota que considera o chamado teste de progresso o instrumento ideal para avaliar o processo formador dos médicos no país. Com o respaldo de uma Lei, os alunos seriam submetidos a exames cognitivos e práticos, aplicados por entidade externa ao final do 2º, 4º e no último ano da faculdade.
 
Além da avaliação direta dos alunos, o conteúdo pedagógico, os corpos docentes e os cursos de medicina passariam pelo mesmo crivo, sendo que os que apresentassem desempenho abaixo da média seriam penalizados com a redução do seu número de vagas.
 
Para o CFM, o Governo – em todas as suas esferas – deve apresentar propostas que contribuam para a qualificação dos cursos de medicina no país, demonstrando real preocupação com a população que conta com médicos bem preparados para se manter sua saúde e seu bem estar.
 
Confira a íntegra da nota abaixo.
 
NOTA DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
 
Tendo em vista a realização do exame de fim de curso, patrocinado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira (5), o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece que:
 
1. A iniciativa do Cremesp configura instrumento metodológico relevante para mensurar – de forma quantitativa – o nível do conhecimento obtido pelos egressos das escolas de medicina;
2. Infelizmente, os resultados alcançados confirmam a suposição de que a qualidade da formação oferecida está abaixo do desejável, realidade constatada em São Paulo e que acreditamos é a mesma em todos os Estados;
3. Como modelo ideal de avaliação do egresso, o CFM apoia a implementação no país de uma metodologia conhecida como teste de progresso, que prevê, entre outros pontos, a realização de exames no fim do segundo, do quarto e do sexto período, sempre com a preocupação de avaliar, simultaneamente, alunos, corpo docente, conteúdo pedagógico e até as instalações das instituições de ensino;
4. No entanto, a melhora do nível do ensino médico não se esgota em avaliações semelhantes, mas na adoção de políticas públicas que impeçam a abertura de indiscriminada de cursos de medicina e o aumento do número de vagas naqueles já existentes.
5. Atualmente, o Brasil possui 208 cursos médicos. No mundo, apenas a Índia, com 272 cursos e uma população seis vezes maior que a brasileira, possui mais.
6. Este quadro não condiz com as preocupações humanitárias e sociais pertinentes à Saúde e à Medicina, pois atendem, principalmente, aos interesses econômicos e políticos de alguns setores da sociedade.
7. O Governo – em todas as suas esferas – deve estar atento a esta realidade e apresentar propostas que contribuam para a qualificação dos cursos de medicina no país, demonstrando real preocupação com a população que conta com médicos bem preparados para se manter sua saúde e seu bem estar.
 
Para o CFM, o Brasil precisa urgentemente médicos bem formados, bem qualificados, bem capacitados e com plenas condições de fazer aquilo para o que se prepararam, assim como de políticas públicas – como a criação de uma carreira de Estado para o médico do SUS – que estimulem sua melhor distribuição e fixação nas áreas de difícil provimento, garantindo a cobertura dos vazios assistenciais.
 
Fonte: CFM

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