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“É inadmissível colocar o médico como responsável pelo caos na saúde”, afirma o presidente da FENAM

“É inadmissível colocar o médico como responsável pelo caos na saúde. Nós somos os verdadeiros heróis e fazemos milagres no atendimento às gestantes”, declarou o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Otto Baptista, durante a mesa de debate sobre a crise obstétrica e os diretos do nascituro, no XX Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, em São Paulo.
Otto Baptista explicou que a discussão sobre a segurança e a qualidade no atendimento às parturientes e aos recém-nascidos é urgente. De acordo com ele, os centros de saúde não tem estrutura para acompanhamento e monitoramento do parto normal. ”Não é colocar a faca no peito do profissional e dizer que é para diminuir as taxas de cesárias. Ninguém procura ouvir o especialista. As medidas são impostas de cima para baixo”, desabafou o presidente da FENAM.
Na mesma linha, o futuro presente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), César Eduardo Fernandes, afirmou que o governo está tentando “demonizar” o obstetra. “Estamos fazendo muitas cesárias, mas não é um documento assinado pelo ministro que vai diminuir as taxas atuais. Nós temos que ter condições de trabalho”, argumentou.
Aplaudido de pé, César disse ainda que os brasileiros merecem medicina de boa qualidade, criticando o programa do Governo Federal que cria escolas de medicina sem critério. “Eu, como professor universitário, estou preocupado com a qualidade da assistência obstétrica. Friso que a doula é apenas uma acompanhante da gestante. Só isso. Ela é uma ignorante em medicina”, declarou.
O OUTRO LADO:
A representante da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Jacqueline Alves Torres, explicou que o alto índice de cesárias no Brasil não é culpa do médico, e sim do sistema. “Todo o sistema está organizado para ter 85% de cesárias, porque não há rede de apoio. A ANS tem um programa pioneiro para aumento na segurança do parto vaginal com a meta de chegar a 40% de partos naturais até 2016”, disse.
DISPONIBILIDADE OBSTÉTRICA:
O presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Espírito Santo, Elvídio dos Santos, realizou uma palestra sobre disponibilidade obstétrica, pré-parto, sobreaviso e parto. Ele explicou que esses são procedimentos distintos e devem ser remunerados, o que não acontece hoje. “Nós estamos disponíveis no celular, e isso tem um preço. Isso é uma mudança de paradigma. Nós temos que providenciar um contrato com a paciente para estar disponível no pré-parto e no parto”, explicou.
O XX Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, ocorreu em São Paulo, no Transamerica ExpoCenter, nos dias 27 a 29 de agosto de 2015 e reuniu mais de 8 mil profissionais de saúde.
Fonte: Fenam

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