Dirigentes das entidades médicas se reuniram com o novo secretário e lhe entregaram documento elencando as necessidades da saúde na capital catarinense.
A última reunião do COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médica de Santa Catarina) de 2016 aconteceu na noite desta segunda-feira (dia 19 de dezembro) com a participação do novo secretário da Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, que apresentou suas propostas de ação na função que assume a partir de 1º de janeiro de 2017. “Minha meta é o empenho máximo para entregar a rede municipal de saúde melhor do que encontrei; é poder chegar ao final da minha gestão, independente do tempo em que ficar à frente da Secretaria, certo de que evoluímos na assistência à população da capital catarinense”.
Com um orçamento inicial previsto em 19% da receita do município e um quadro de aproximadamente 370 médicos, o novo secretário tem como focos principais a redução de desperdícios e o aumento da produtividade, para ampliar a capacidade de atendimento. A carência de recursos e de profissionais no setor, a manutenção das equipes de Atenção Básica, das UPAs (Unidades e Pronto Atendimento) e dos CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), a falta de condições de trabalho em algumas áreas e a baixa remuneração são alguns dos desafios maiores de Carlos Alberto Justo da Silva, que é médico cirurgião e atualmente é diretor geral do Hospital Universitário da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
O presidente da ACM (Associação Catarinense de Medicina), Rafael Klee de Vasconcellos parabenizou o novo secretário e desejou sucesso na missão. “A ACM está a disposição para auxiliar nas ações que visam às melhorias indispensáveis para a qualidade da assistência prestada aos florianopolitanos”.
Durante o encontro, o secretário recebeu documento do COSEMESC com as necessidades elencadas pelas entidades médicas para a gestão municipal da saúde. O mesmo documento foi entregue ao prefeito eleito Gean Loureiro, que se comprometeu em buscar soluções para o atendimento das reivindicações da categoria. A previsão é de uma nova reunião entre as lideranças da classe e o gestor da saúde no mês de março de 2017, quando já haverá um conhecimento mais amplo da realidade do setor, para uma nova avaliação.
Palavras do novo gestor da saúde da capital catarinense.
“São enormes as transformações na saúde do cidadão, que não pode mais ser visto apenas como um paciente, mas um verdadeiro usuário do sistema. Acreditar que a dificuldade está apenas na falta de recursos é ser reducionista demais. Ao mesmo tempo, é necessário entender que o financiamento da saúde no Brasil sempre enfrentou um processo de crise, já que ele é visto como um custo, um gasto. Acima de qualquer coisa, é preciso encarar isso de frente para poder mudar alguma coisa”.
“Vejo a gestão como um trabalho em equipe. Faço um paralelo com um dos eventos mais tradicionais e históricos de Florianópolis, que é a procissão de Senhor dos Passos, que leva a imagem do santo do Hospital de Caridade até a Catedral Metropolitana. É impossível carregar a imagem sozinho. É preciso que um grupo de pessoas o faça, de maneira ordenada e cuidadosa”.
“O histórico das entidades médicas catarinenses sempre foi de apoio a uma saúde melhor para a população. Tenho certeza de que desta vez não será diferente e que me darão um voto de confiança para o trabalho que se inicia”.
Carlos Alberto Justo da Silva assume a Secretaria a partir de 1º de janeiro de 2017.
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