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Especialistas apontam soluções para amenizar a sobrecarga do serviço de urgência e emergência de Blumenau

Trabalhar a mudança de comportamento da população, implantar a classificação de risco nos hospitais e ambulatórios, criar uma Unidade de Pronto Atendimento, contratar mais médicos e atualizar a tabela do SUS. Essas são medidas apontadas por profissionais, especialistas e município para amenizar a sobrecarga do serviço de urgência e emergência de Blumenau.
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Classificação de risco
O que é: acolher o paciente que chega a um hospital ou ambulatório e classificar o risco agiliza o atendimento prioritário, de acordo com o nível de gravidade. No Hospital Santa Isabel, o protocolo de Manchester foi implantado em 2011 para informar aos pacientes e familiares sobre as expectativas e tempo de espera. Ao chegar à unidade, o prontuário é feito e o paciente é avaliado por um profissional que classifica o quadro de saúde e coloca pulseiras coloridas para identificar a gravidade.
Por que é interessante: a coordenadora de enfermagem do Santa Isabel, Andrea Santiago, explica que pela queixa principal do paciente o enfermeiro classifica e coloca a pulseira de acordo com a cor e o risco. Ele pode esperar até quatro horas, pois neste tempo o estado dele não vai se agravar.
Qual a viabilidade: a partir da primeira quinzena de abril, o Hospital Santo Antônio vai usar uma ferramenta parecida ao protocolo de Manchester. O diretor técnico da unidade de saúde, Fernando Garcia, diz que os profissionais estão sendo treinados e o processo de atendimento na recepção e estrutura serão modificados para viabilizar a mudança. Nos postos e ambulatórios, não há previsão para implantar um sistema de classificação de risco.
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Ter médicos mais satisfeitos
O que é: o plano de cargos, carreiras e salários e a defasagem da tabela do SUS foram os principais assuntos abordados durante simpósio sobre saúde, em Blumenau há 10 dias. Esse é o motivo pelo qual recém-formados não querem assumir o desafio no pronto-socorro e médicos que trabalham, principalmente, no serviço de urgência e emergência estão sobrecarregados – alguns profissionais fecham o mês com 380 horas trabalhadas.
Por que é interessante: para o vice-presidente distrital da Associação Catarinense de Medicina de Blumenau, Carlos Alberto Seara, deve haver o plano de cargos e carreiras para quem fizer concurso público se manter na profissão. Médicos que passam em concursos acabam desistindo por não haver incentivo financeiro. O diretor técnico do Santo Antônio, Fernando Garcia, afirma que médicos recebem R$ 10 por atendimento.
Qual a viabilidade: a secretária de Saúde, Maria Regina Soar, garante que o plano de cargos e salários é uma das prioridades do governo, mas ressalta que os recursos financeiros vindos do governo federal não são suficientes. Segundo ela, os hospitais estão fadados à falência porque a tabela de remuneração do SUS é ínfima. Ela afirma que o concurso para a rede de saúde pública municipal já foi aberto no ano passado e que mais vagas de caráter temporário serão abertas para contratar médicos e profissionais de enfermagem e suprir a necessidade dos ambulatórios.
Orientar melhor a população
O que é: o mau uso do serviço de urgência e emergência é a principal reclamação dos profissionais da saúde. Muitos moradores recorrem aos hospitais com queixas que podem ser resolvidas na atenção básica. Para a coordenadora de enfermagem do Santa Isabel, Andrea Santiago, em muitos casos não há vaga no SUS nem recursos suficientes nos postos para diagnosticar o problema. As pessoas acabam nos hospitais pois há atendimento integral.
Por que é interessante: para Andrea, a população deve ser orientada a procurar profissionais de saúde do bairro assim que começarem as queixas. Eles farão a primeira avaliação e, se for constatada urgência, o paciente é encaminhado ao serviço de emergência. Isso acaba beneficiando a todos, principalmente a população que, se atendida no início da manifestação da patologia, resolverá o problema de saúde com mais eficiência.
Qual a viabilidade: para a secretária de Saúde, Maria Regina Soar, a solução é mostrar que indo à uma unidade de atenção básica o morador terá garantia de atendimento. Para isso, a meta é melhorar a estrutura dos ambulatórios e ampliar o horário de funcionamento.
Criação de unidades de pronto atendimento
O que é: uma das soluções apontadas pelos especialistas em saúde para aliviar o movimento no serviço de urgência e emergência é a implantação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e resolvem problemas como pressão alta, febre e fraturas.
Por que é interessante: o especialista em saúde pública e pediatria Tarcísio Lins Arcoverde trabalhou no pronto-socorro do Hospital Santo Antônio por sete anos e ressalta a importância da descentralização do pronto-atendimento. Segundo ele, os ambulatórios deveriam ter outro modelo com estrutura para atender uma livre demanda.
Qual a viabilidade: não há previsão de implantar UPA na cidade, segundo a secretária de Saúde, Maria Regina Soar. Com o padrão de estrutura e profissionais que o Ministério da Saúde exige, não há condições de o município custear o valor. A intenção da secretaria é estruturar e ampliar o atendimento nos ambulatórios para deixar os hospitais só com os casos mais graves. Por isso, obras no AG da Velha devem começar na próxima semana e devem durar oito meses. No AG do Garcia a reforma começou há três semanas. Além disso, desde segunda-feira, o Ambulatório Guilherme Jensen, no bairro Itoupava Central, ampliou o horário e atende até meia-noite.
Fonte: JORNAL DE SANTA CATARINA

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