Foi um grave erro do Ministério da Educação alijar a Associação Médica Brasileira (AMB) do Grupo de Trabalho (GT) criado para tratar do processo de revalidação de diplomas de medicina concedidos por universidades do exterior. O fato causou grande espanto e estranheza na classe médica, principalmente porque a entidade vem atuando intensamente nesse tema, inclusive apresentando ao Ministério da Educação denúncia formal na última terça-feira (14/5) sobre irregularidades que colocam em xeque a credibilidade do processo em todo o País, enquanto não houver investigação aprofundada e medidas firmes para evitar que o problema siga ocorrendo.
Esclarecemos que em nenhum momento a AMB se opôs à criação do referido Grupo de Trabalho. Muito pelo contrário. É necessário, importante e pertinente. A entidade só não está participando do grupo por não ter sido incluída na Portaria do MEC que o criou oficialmente, publicada no Diário Oficial da União de 16 de maio de 2019. Vale ressaltar que não existe qualquer norma legal vigente que impeça a participação da AMB neste Grupo de Trabalho.
A AMB seguirá atuando em prol da medicina brasileira, da classe médica e da população, que precisa ter confiança em que os médicos que atuem no Brasil tenham sido formados dentro de padrões que garantam um atendimento seguro e de qualidade. Não permitiremos que processos de revalidação de diplomas sejam conduzidos sem uma avaliação séria e justa. A saúde da população depende de uma atuação médica competente e capacitada. Qualquer coisa que fuja disso é tentativa de ludibriar o cidadão brasileiro.
Ratificamos que a AMB é e sempre foi a favor de mecanismos de avaliação também para os egressos de escolas médicas brasileiras, dentro do mesmo princípio que norteia a preocupação com a qualidade no atendimento aos pacientes.
Diretoria da Associação Médica Brasileira
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