Atendimento a pacientes nos estabelecimentos de saúde
Notificação de casos
A infecção humana pelo Covid-19 é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), segundo anexo II do Regulamento Sanitário Internacional. Portanto, trata-se de um evento de saúde pública de notificação imediata.
– Meio telefônico (local) – Segundo a hierarquia do SUS, se a secretaria de saúde do estado ou município dispor de estrutura e fluxos para receber as notificações de emergências epidemiológicas e casos suspeitos do novo coronavírus, inclusive nos finais de semana, feriados e período noturno, o profissional deverá notificar, preferencialmente, as vigilâncias locais.
– Meio telefônico (nacional) – O CIEVS oferece aos profissionais de saúde o serviço de atendimento, gratuito, 24 horas por dia durante todos os dias da semana, denominado Disque Notifica (0800-644-6645). Por meio deste serviço, o profissional de saúde será atendido por um técnico capacitado para receber a notificação e dar encaminhamento adequado conforme protocolos estabelecidos no SUS para a investigação local, por meio da Rede CIEVS (Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública).
– Meio eletrônico – E-notifica (notifica@saude.gov.br): notificação por meio do correio eletrônico do CIEVS.meio da Rede CIEVS.
– O formulário (http://bit.ly/2019-ncov)deve ser utilizado para envio das informações padronizadas sobre casos suspeitos do novo coronavírus pelos serviços públicos e privados. Todas as informações inseridas serão disponibilizadas em tempo real para a Rede CIEVS que será responsável para encaminhar para a autoridade local responsável.
Atendimento a pacientes suspeitos ou com confirmação do diagnóstico de Coronavírus
É obrigatório o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) aos profissionais envolvidos no atendimento e em contato com pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus. Também é necessário o treinamento adequado, com informações sobre quando usar, como vestir e retirar adequadamente o EPI de maneira a evitar a auto-contaminação, como descartar ou desinfetar e manter adequadamente os EPI e as limitações do EPI.
a. Respirador ou Máscara Facial
b. Proteção ocular
c. Luvas
d. Aventais
Acolhimento e recepção de pacientes
Paciente suspeito: isolamento respiratório com máscara cirúrgica, uso de lenços de papel (para tosse, espirros e secreção nasal) e higienização das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica.
Profissionais de apoio: usar máscara cirúrgica e higienizar as mãos.
Triagem ou classificação de risco
Paciente suspeito: usar máscara cirúrgica, lenços de papel (para tosse, espirros e secreção nasal) e higienização das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica.
Acompanhantes: usar máscara cirúrgica e higienizar as mãos.
Profissionais de saúde: usar máscara cirúrgica e higienizar as mãos. Caso o serviço tenha disponível, recomenda-se o uso de máscara N95, FFP2 ou equivalente.
Atendimento pré-hospitalar móvel de urgência
Paciente suspeito: isolamento respiratório com máscara cirúrgica, uso de lenços de papel (para tosse, espirros e secreção nasal) e higienização das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica.
Profissionais: Todos os profissionais envolvidos no atendimento pré-hospitalar móvel (assistenciais ou de apoio) devem usar gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara N95, FFP2 ou equivalente, avental impermeável de mangas compridas e luvas de procedimento.
Avaliação dos casos suspeitos nos serviços de saúde
1 – Os profissionais envolvidos no cuidado devem fazer uso de gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara N95, FFP2 ou equivalente, avental impermeável de mangas compridas e luvas de procedimento;
2 – Realizar coleta de amostras respiratórias e encaminhá-las para exame laboratorial conforme fluxo estabelecido.
3 – Prestar primeiros cuidados de assistência.
4 – Acionar sistema de regulação para encaminhamento (serviço móvel de urgência) dos casos suspeitos para os serviços de saúde de referência, caso a avaliação tenha sido realizada em unidades de atenção primária.
Atendimento nos serviços de saúde de referência
Paciente suspeito: permanecerá internado em isolamento na unidade de saúde de referência. Não é recomendada entrada de visitantes.
Outras pessoas: Qualquer pessoa, estritamente necessária, que não seja do serviço de saúde e que entrar no quarto de isolamento, deve realizar higiene das mãos e fazer uso de máscara cirúrgica.
Profissionais: Todos os trabalhadores de saúde (profissionais da assistência e apoio) deverão realizar higiene frequente das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica, antes e depois de entrarem o ambiente, fazer uso de gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara N95, FFP2 ou equivalente, avental impermeável de mangas compridas e luvas de procedimento.
Atenção: os profissionais de saúde, sempre que realizarem procedimentos geradores de aerossóis como intubação ou aspiração traqueal, ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro, coletas de amostras nasotraqueais e broncoscopias, deverão utilizar máscaras N95, FFP2 ou equivalente.
Profissionais de saúde: profissionais da assistência, vigilância em saúde, serviços laboratoriais, entre outros envolvidos na atenção ao paciente.
Profissionais de apoio: atendentes, vigilantes, serviços de manutenção e hotelaria.
Medicamentos não recomendados
A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda que nenhuma medicação, como lopinavir-ritonavir, cloroquina, interferon, vitamina C, corticoide etc. seja usada para tratamento de pacientes com COVID-19 até que se tenha evidência científica de sua eficácia e segurança. Algumas delas, como o corticoide, já demonstraram que podem piorar a evolução de outras viroses respiratórias, como na gripe. Essa recomendação pode mudar à luz de novos conhecimentos científicos, especialmente porque vários estudos clínicos estão em andamento.
O remdesivir, que há estudo clínico em andamento fora do Brasil, é administrado por via endovenosa e cuja molécula é próxima da TAF (tenofovir alafenamida), antirretroviral usado nos EUA para pessoas vivendo com HIV, parece ser o antiviral com maior potencial de benefício para a COVID-19 e efeitos colaterais aceitáveis.
Fontes:
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Infectologia
Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por imagem
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Informações atualizadas sobre a transmissão do novo coronavírus devem ser acessadas pelos canais de comunicação criados pelo
Ministério da Saúde (saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus)
Secretaria de Estado da Saúde (saude.sc.gov.br/coronavirus/)
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