O deputado federal Mandetta (DEM-MS) vai fazer uma representação contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Mandetta diz que o ministro mentiu ao negar que haveria a contratação de médicos cubanos para trabalhar no Brasil por meio do programa Mais Médicos. O parlamentar é médico, faz parte da oposição, integra a comissão que analisa a medida provisória do programa no Congresso, e é um dos principais críticos do Mais Médicos.
Segundo Mandetta, durante algumas audiências no Congresso, Padilha foi perguntado sobre um acordo com Cuba. O ministro teria negado, mostrando que mentiu. Mandetta ainda está reunindo material, como as notas taquigráficas da Câmara, para embasar a representação.
— Isso para mim é mentira, é falta de ética — disse Mandetta.
— O ministro faltou com a verdade com o Congresso Nacional e com a sociedade brasileira. Disse uma coisa e fez outra — acrescentou.
Em maio, o então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, após se reunir com o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, chegou a afirmar que o governo poderia trazer ao Brasil seis mil médicos cubanos, para minimizar o déficit desses profissionais que o país tem, principalmente, em regiões mais carentes. Nos meses seguintes, no entanto, o governo passou a defender principalmente a vinda de espanhóis, portugueses e argentinos. A defesa pública de médicos cubanos voltou a ser feita apenas em agosto.
O programa Mais Médicos foi lançado em 8 de julho, com regras para a seleção individual de profissionais provenientes de países onde há proporcionalmente mais médicos que no Brasil. O programa também previa acordos coletivos com outros países e instituições estrangeiros para trazer médicos, mas sem entrar em detalhes sobre isso. Em agosto, foi finalmente anunciado o acordo coletivo com Cuba, que prevê a vinda de 4 mil médicos até o fim do ano.
Fonte: AMB
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