A vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lúcia Pacheco, informou que a reitoria aguarda um posicionamento do conselho da universidade para resolver o impasse envolvendo a gestão do Hospital Universitário (HU). (Veja ao lado a reportagem veiculada no Jornal do Almoço desta quarta-feira). Cerca de 100 leitos do hospital foram fechados por falta de funcionários, em Florianópolis, e pelo menos 30 são novos e nunca foram abertos.
O motivo do impasse seria o problema na contratação de novos servidores e a dificuldade de manutenção da unidade, já que a UFSC não aderiu à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), há cerca de três anos. Segundo reportagem da RBS TV veiculada na segunda (30), para que o HU volte a funcionar normalmente é necessário contratar cerca de 450 novos servidores. Atualmente, o local conta com 1.050 funcionários, número insuficiente para atender a demanda, conforme informou a direção hospitalar.
De acordo com Lúcia Pacheco, “o papel da Reitoria é o de instruir o Conselho Universitário (CUn) para discutir amplamente sobre o assunto e suas implicações sobre a adesão ou não aos serviços da empresa para que o CUn tome uma decisão consciente”. Ainda conforme a vice-reitora, a decisão não ocorre de forma rápida porque uma legislação sobre o assunto precisa ser seguida e exige demora. “A nossa questão é, após a tomada de decisão do CUn, como vamos garantir a operação do hospital”, conclui.
O Hospital Universitário atende 100% pelo Sistema Único de Saúde e estaria com uma fila de pelo menos 1,6 mil pessoas esperando por cirurgias eletivas. Para o médico e chefe de serviço de cirurgias do HU, Jorge Bins Ely, a solução não depende apenas do hospital. “A grande questão é saber se vamos continuar a carregar esse piano sozinhos ou se o serviço público abrirá outro hospital universitário no estado”, disse.
Atuação da EBSERH é questionada pelo MPF
O Ministério Público Federal (MPF) acompanha a situação do HU há cerca de uma década. “De uma forma conjuntural ele é um problema de subfinanciamento e de falta de autorização de realização de concursos por parte do Ministério do Planejamento”, explica o procurador da República, André Stefani Bertuol.
“Essa falta de concurso, aparentemente, tem nos colocado como uma pressão do Governo Federal para que as universidades e HUs façam a adesão à EBSERH, que é uma empresa centralizada em Brasília que pretende administrar todos os 47 hospitais universitários, na forma de uma empresa privada, o que pra nós já se coloca como uma série de problemas, porque o dinheiro todo vai ser público”, complementa.
Conforme o procurador, estão sendo realizadas reuniões para poder questionar esta questão judicialmente. De acordo com Bertuol, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) foi criada pelo Governo Federal em 2011, com o objetivo de facilitar a contratação de servidores e agilizar o processo de compra de equipamentos e materiais para os hospitais universitários.
Fonte: G1 SC
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