O ajuste fiscal no Orçamento Geral da União pode levar o Governo Federal a participar ainda menos do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a previsão de especialistas a partir da confirmação do corte de aproximadamente R$ 12 bilhões nos recursos previstos para a saúde em 2015. Nos últimos sete anos, enquanto estados e municípios aumentaram suas despesas públicas com saúde em 49,4% e 71,6%, respectivamente, a União cresceu apenas 40,4%, o que puxa para baixo o crescimento do conjunto da despesa pública no período, 51,3%.Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, a contabilidade das perdas sugere que, em 2015, a Saúde deve permanecer distante do foco de prioridades do governo. “O país assistirá estarrecido ao retrocesso ainda maior na presença pública da cobertura de despesas e investimentos com saúde. Como tem feito ao longo dos últimos anos, o CFM persistirá na observação do destino destas verbas. Não obstante, a execução dessa tarefa precisa ser feita por todos os cidadãos, em particular por aqueles 150 milhões dependentes do SUS, posto que cada centavo retirado desse orçamento pode significar perda da dignidade, da saúde e da vida”, declarou.
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Fonte: CFM
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