ACM apoia movimento “Valorizando a Vida da Mulher”

Primeira reunião do grupo aconteceu na sede da ACM, com a coordenação da médica Giovanna Ribeiro, uma das idealizadoras da ação.

A violência doméstica contra a mulher precisa acabar em Santa Catarina. Para falar sobre as formas de enfrentar esse imenso desafio, a ACM abriu as portas da sua sede, em Florianópolis, para a realização da primeira reunião do movimento “Valorizando a Vida das Mulheres”, que tem entre as idealizadoras a reumatologista Giovanna Ribeiro, uma das coordenadoras do encontro da noite desta segunda-feira (18 de abril). O aumento de 300% na violência doméstica durante os dois anos de pandemia é uma das razões que exige o maior debate sobre o tema e o efetivo envolvimento da sociedade na proteção de mulheres catarinenses, num estado que ocupa o terceiro lugar no ranking dos feminicídios (em números proporcionais à população brasileira).    

A reunião teve a participação de três destacadas palestrantes: a desembargadora Salete Sommariva, do Tribunal de Justiça, a Dra. Cristiane Maestri Boelli, do Ministério Público do Estado, e a Dra. Giane Brusque Bello, da OAB/SC. Além disso, teve a presença de médicas, advogadas, enfermeiras, jornalistas e mulheres de outras áreas de atuação, que tiraram um tempo do seu dia para falar sobre um dos mais importantes assuntos da atualidade. A educação foi apontada pelo grupo como o maior instrumento de mudança no combate à violência, assim como foi destacada a necessidade da ampliação da conscientização sobre o tema nas escolas, hospitais e na mídia.

“Foi um encontro maravilhoso, com mais de três horas conhecendo e debatendo programas de prevenção e combate à violência, além de conectar saberes. A semente está plantada, cabe a nós, agora, fazê-la germinar. Certamente ainda temos muito a fazer, embora já tenhamos caminhado um longo caminho até aqui, na defesa das mulheres brasileiras. Para isso, é preciso envolver cada vez mais mulheres, nas mais diversas situações e realidades. Da mesma forma os homens também devem estar inseridos nessa discussão, pois a causa é de todos”.