ACM é chamada a debater sobre saúde, qualidade de vida e sustentabilidade no futuro de Santa Catarina

Presidente da entidade, Dr. Ademar José de Oliveira Paes Junior, participou do Fórum 2050, promovido pelo Grupo ND, na capital

A Associação Catarinense de Medicina – ACM foi convidada a participar de um dos mais importantes debates sobre o futuro do estado nos próximos 30 anos, no Seminário Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Saúde – Fórum 2050, realizado pelo Grupo ND de Comunicação, em Florianópolis, transmitido ao vivo pelo Portal ND+. O evento ocorreu nesta quarta-feira (dia 21 de setembro), tendo como debatedores o presidente da ACM, Dr. Ademar José de Oliveira Paes Junior, o diretor-presidente do Hospital Baía Sul, Dr. Sérgio Brincas, o professor Arlindo Philippi Junior, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo – USP, o professor Ivo Sostisso, conselheiro do Floripa Amanhã, e o engenheiro Hans Michael Van Bellen, do Departamento de Engenharia do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. A destacada discussão aconteceu após mais de dois anos de enfrentamento da pandemia e às vésperas das eleições federais e estaduais, ampliando ainda mais a relevância do intercâmbio de conhecimentos e de ideias em defesa da saúde dos catarinenses.

“O cenário é extremamente desafiador e precisamos buscar soluções que tragam resultados efetivos. Por isso, debates como esse são tão importantes, na medida em que ajudam a organizar metas estruturadas, mobilizando os envolvidos na saúde e na sustentabilidade, gerando novos modelos e uma cadeia positiva de ação. É preciso começar para depois avançar nas transformações essenciais na assistência da população, seja por meio do sistema público ou da iniciativa privada”. A avaliação é do presidente da ACM, que também alertou sobre a necessidade essencial da prevenção. “Além das doenças infeciosas e daquelas causadas por acidentes/violência, vivemos um grande aumento das doenças crônicas, a maioria delas evitáveis, com ações que visem hábitos saudáveis e acesso ao cuidado. Atitudes assim refletem na saúde, nas nossas cidades, no desenvolvimento social e econômico”.

O Seminário sobre Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Saúde faz parte de uma programação criada para comemorar os 16 anos do Jornal Notícias do Dia. O encontro também abordou tecnologia, inovação, indicadores, investimentos e gestão, todos relacionados à saúde.  O debate integra outras pautas prioritárias do presente e para o futuro. Ao término das discussões, o Grupo ND fará um documento com os principais resultados, com informações e conteúdo disponíveis a governantes, lideranças da sociedade, entidades e empresas de todo o estado.               

Pensamentos integrados

“Nosso maior patrimônio é a saúde, que está diretamente ligada à nossa capacidade de bem-viver e de produzir. Portanto, nada pode ser mais importante do que debater sobre o que vamos fazer daqui para frente para garantir a saúde. Precisamos integrar esforços e agir para que a longevidade conquistada aconteça com qualidade de vida. Se trabalharmos juntos, com prioridades definidas, todos seremos beneficiados”.

Dr. Sérgio Brincas

“Certamente é preciso discutir o por vir, não apenas o aqui e o agora. Nós não queremos apenas recuperar a saúde, mas garantir a saúde para todos, antes da doença. Nós buscamos a sustentabilidade de forma completa e isto exige pensar em saneamento básico, na qualidade da água que tomamos, na capacidade de nossas cidades em oferecer qualidade de vida”.

Professor Ivo Sostisso

“Não se resolve um problema se não for de maneira sistêmica, com indicadores para monitorar e medir o alcance do desenvolvimento real e desejável. Para isso, é indispensável a união de ideias e de forças. Da mesma forma, a saúde precisa estar integrada à sustentabilidade e não pode ser vista apenas como uma fatia do compromisso social”.

Engenheiro Hans Michael Van Bellen      

“Quais os caminhos que temos pela frente? Para responder a pergunta precisamos entender a sustentabilidade em seus diversos elementos: saúde, educação, infraestrutura, cultura, democracia, igualdade social, serviços, economia, entre tantos. Além disso, é fundamental pensar nas nossas cidades, na segurança pública e alimentar, sem esquecer de olhar atentamente para a gestão, desde os recursos até as ações executadas. Temos muito a trabalhar”.

Professor Arlindo Philippi Junior