Na manhã desta quarta-feira, a Associação Médica Brasileira reuniu veículos de imprensa e representantes das Sociedades de Especialidade para a apresentação da pesquisa que pretende conhecer o perfil e coletar dados aprofundados da classe médica do Brasil, realizado com consultoria da Ernst & Young. “O escopo é mostrarmos verdadeiramente o que contribui para fixar o médico em determinados locais, sabermos que o Brasil tem um determinado número de especialistas distribuídos numa porcentagem em cada Estado”, explicou Florentino Cardoso, presidente da AMB.
A pesquisa pretende estimar o percentual da força de trabalho aplicada aos diferentes campos de atividade, que envolvam ou não a medicina, como assistência, pesquisa, ensino, gestão, assim como o número real de profissionais com título de especialista, e também os que teriam interesse em obtê-lo. Diferente dos dados coletados na Demografia Médica, do Conselho Federal de Medicina, o Censo Médico AMB pretende atualizar as informações da categoria voltadas na territorialização e na quantidade de horas de atividade dos profissionais.
Com cerca de 50 questões, o questionário será aplicado de maneira individual e confidencial por meio da Internet (http://www.amb.org.br/censoamb2013/) até o dia 31 de agosto, com base em bancos de dados de entidades federadas e associadas, para profissionais de todo o Brasil, tomando como estimativa atual o número de 400 mil médicos existentes no país. O resultado será enviado para todos os profissionais cadastrados por meio de um relatório completo sobre a carreira e uma análise de cada área.
De acordo com Cardoso, a pesquisa deve trazer respostas que esclareçam de fato as informações “enviesadas” fornecidas pelo Ministério da Saúde, como no exemplo da proporção médico/habitante, que no Brasil é de 1,9 para cada mil pessoas. “O governo não diz que a cidade do Rio de Janeiro, Vitória, São Paulo, Brasília, e tantas outras, têm mais de 4 médicos por mil habitantes. Como é a saúde pública nesses lugares? Enviesam esses números para que a população ache que quanto mais profissionais no país, melhor ela será assistida, quando não é verdade”.
No lançamento do projeto, representantes de Sociedades de Especialidade ressaltaram a importância da participação para que haja uma melhor compreensão da relação entre os profissionais e o mercado. Eduardo da Silva Vaz, presidente da Sociedade de Pediatria, exemplificou, a partir de levantamento prévio realizado dentro da especialidade, que 75% dos associados são do sexo feminino, o que implicaria na priorização das vagas que se encaixassem com o plano familiar: “muitas preferem não optar pela creche que equivale às vezes ao salário oferecido pelas vagas”. Já para a Sociedade de Nefrologia, o resultado da pesquisa interna demonstrou que 90% desses especialistas dependem do Sistema Único de Saúde e que acabam atuando em outras áreas. “Atualmente, estamos formando especialistas que não estão sendo inseridos no mercado de trabalho”, afirmou Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da entidade.
Fonte: AMB
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