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Como será a vacinação de gestantes contra a coqueluche

Medida busca conter o avanço da doença, que dobrou ano passado no Brasil.
A estratégia é vacinar a gestante para proteger as crianças nos primeiros seis meses de vida.
 
Cândida Hansen
 
Pouco conhecida entre os mais jovens, a coqueluche está novamente preocupando médicos e autoridades de saúde no Brasil. A incidência da doença dobrou ano passado no país: 4.453 pacientes tiveram a infecção confirmada, contra 2.258 casos em 2011. As mortes também aumentaram, subindo de 56 em 2011 para 74 em 2012.
 
As crianças são as mais afetadas: 85% dos casos registrados foram em menores de seis meses, fase em que o bebê ainda não está completamente imunizado. Para conter esse avanço, o Ministério da Saúde vai vacinar todas as gestantes a partir deste ano. Apesar de ainda não se saber exatamente o motivo dessa proliferação, a medida foi tomada com base na hipótese de que a vacina oferece proteção por menos tempo que se pensava.
 
— As vacinas são diferentes, nem todas protegem por toda a vida e, como não existe reforço da imunização da coqueluche na fase adulta, pode haver circulação da doença entre os mais velhos, que estão contaminando as crianças — explica o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
 
A estratégia do Ministério da Saúde é vacinar a gestante para, além de reforçar a imunização neste grupo de adultos, proteger também as crianças.
 
— Os anticorpos da mãe são transferidos para o bebê, que fica protegido, mesmo que limitadamente, até receber a sua primeira vacina, aos dois meses de vida — afirma Barbosa.
 
A vacinação das gestantes deve começar no segundo semestre deste ano, e a expectativa é de que 4 milhões de mulheres sejam imunizadas. O pediatra do núcleo de pesquisa em vacinas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Juarez Cunha considera a iniciativa positiva, mas acredita que a medida deveria ser ampliada para mais grupos:
 
— A vacina contra a coqueluche tem uma duração limitada, e toda a população deveria receber um reforço na adolescência. Países como os Estados Unidos e a Argentina, que também registraram o avanço da doença, já imunizam também adultos jovens e profissionais da saúde.
 
O que vai mudar
 
— Atualmente, a prevenção da coqueluche é baseada somente na imunização de crianças. São três doses da vacina tríplice bacteriana DTP (que protege também contra difteria e tétano), aplicadas a partir de dois meses. A última dose é dada aos seis meses.
 
— A vacina que será aplicada nas gestantes a partir do segundo semestre é a chamada DTP acelular. Diferentemente da tríplice bacteriana aplicada nos bebês, ela deve substituir a vacina dupla valente, aplicada atualmente.
 
— O Brasil ainda anão produz este tipo de vacina. O governo federal deve negociar a compra da vacina com os fabricantes e propor uma transferência de tecnologia para que a produção possa ser feita no país.
 
Sobre a doença
 
— Altamente contagiosa, a coqueluche é uma infecção causada por bactéria que compromete o aparelho respiratório. Crises de tosse (cinco a 10 tossidas) em uma única respiração, vômitos pós-tosse, coriza e febre são os principais sintomas da doença.
 
— A transmissão se dá por fala, tosse ou espirros. Se não tratada, pode levar a morte. Com diagnóstico precoce, o tratamento é bastante eficaz.
 
— Ter contraído a doença anteriormente não garante proteção para novos casos.
 
Fonte: Diário catarinense

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