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Financiamento da saúde e “Mais Médicos” esquentam debates no plenário

O não reajuste da tabela SUS e o programa Mais Médicos esquentaram os debates no plenário na tarde fria desta quarta-feira (6). O deputado Antonio Aguiar (PMDB) atacou duramente o programa Mais Médicos e acusou o governo federal de escolher os médicos como alvo de ataques. “Como se os profissionais de saúde fossem responsáveis pela situação da saúde”, declarou Aguiar, acrescentando que o problema está no orçamento do ministério, de R$ 100 bilhões, enquanto a Copa do Mundo consumiu R$ 33 bilhões. “Os estrangeiros foram trazidos para disfarçar a incompetência governamental”, resumiu o representante de Canoinhas.
Jailson Lima (PT) rebateu Aguiar. “Presidente Nereu não tinha médico, Imbuia com 6 mil habitantes não tinha um médico, Mirim Doce não tinha, São Cristovão do Sul não tinha, Mafra recebeu 17 médicos”, enumerou o deputado, argumentando que o programa supriu essas demandas. “Em São Cristovão do Sul vi um médico cubano assistir uma criança com crise de diabetes, se não fosse atendida teria ocupado uma vaga de UTI”, explicou Jailson.
Silvio Dreveck (PP) afirmou que o programa Mais Médicos é importante, mas destacou o subfinanciamento da saúde por parte da União. “Não podemos esquecer que o governo federal não reajusta a tabela SUS há 12 anos, por isso não tem exames, não tem cirurgias, não se pode omitir a falta de recursos”, rebateu Dreveck, que calculou a defasagem em 170%. “Isso está causando a falência dos municípios, que aplicam até 30% na saúde”, explicou.
Já o deputado Neodi Saretta (PT) cobrou mais investimentos do governo estadual. “O estado de Santa Catarina aplica o mínimo dos mínimos, só 12%, então a saúde não é prioridade, se fosse deveria gastar mais”, alertou.
Fonte: Portal ALESC

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