A data é referenciada mundialmente com o intuito de aumentar a informação das pessoas sobre essa doença que causa tantas dúvidas e, por vezes, preconceito nas pessoas.
Hoje, 30/03, é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar (World Bipolar Day- WBD). A data foi escolhida em referência ao aniversário de Vincent Van Gogh, que foi postumamente diagnosticado como provável portador de transtorno bipolar. O principal objetivo da data é conscientizar a população mundial sobre o transtorno bipolar e contribuir para eliminar o estigma social. Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP) trabalha para que profissionais da saúde e a população em geral estejam cada vez mais informados sobre o transtorno bipolar, educando e sensibilizando as pessoas em relação a essa doença.
Falar sobre o transtorno bipolar sempre O médico psiquiatra, Dr. Henrique Marques Fogaça destaca que a família tem um papel muito importante tanto para o diagnóstico do transtorno bipolar, quanto para o tratamento: “Assim que as pessoas próximas identificam alterações de humor ou comportamento que indiquem a possibilidade de ser um problema médico devem incentivar o sujeito a buscar uma avaliação psiquiátrica o mais breve possível para que, se for de fato uma doença, comecem o tratamento o mais rápido possível. Estudos mostram que, infelizmente, o tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico correto feito pelo psiquiatra passa de 10 anos, o que é muito.”. O problema é que durante esse tempo a pessoa acumula prejuízos significativos em várias esferas da sua vida – profissional, social, conjugal, financeira – além dos prejuízos biológicos (danos ao organismo) do adoecimento não tratado.
Fogaça alerta que entre as maiores dificuldades das pessoas que têm transtorno bipolar é a demora em entender e aceitar que os problemas que estão passando dia pós dia é uma doença e que há tratamento: “O paciente custa a aceitar que isso é um problema médico e que há tratamento eficaz. Uma vez bem diagnosticados e tratados, pacientes com transtorno bipolar podem ter uma melhora substancial em suas vidas, e podem sim conviver normalmente com a doença e com a sociedade. A falta do tratamento, ou se feito de forma inadequada/irregular, permite que as fases da doença (depressão e euforia, que habitualmente se alternam, com enorme predomínio das fases depressivas) sigam presentes ao longo da vida.”. Em pessoas não tratadas, estudos mostram que em cerca de 50% da vida os bipolares estão em depressão, e apenas em cerca de 30% do tempo estão sem sintomas da doença. Abaixo ao preconceito, e sim ao adequado tratamento. As pessoas bipolares podem e merecem ter uma vida digna e produtiva, apesar de possuírem uma doença.
FONTES:
– Associação Catarinense de Psiquiatria
www.acp.med.br
– Amanda Nascimento – Jornalista
amanda@apoiocomunicacao.com.br
– Van Gogh Museum: www.vangoghmuseum.nl/en
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