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SBOT lança fascículos de atualização em Osteoporose para ortopedista

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia lançou o primeiro fascículo Osteoporose, de uma série de quatro edições, com o objetivo de atualizar ortopedistas e profissionais da saúde sobre a osteoporose.
 
O texto, em um total de onze páginas, foi escrito por Frederico Barra de Moraes, Professor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG).
 
De acordo com Moraes, não é sem razão que a doença é conhecida como o “mal silencioso do século” e classificada como epidemia. “Ocorre uma nova fratura osteoporótica a cada 3 segundos no mundo e uma vertebral a cada 22 segundos, sendo o índice de re-fratura de 20% dentro de um ano após a primeira fratura”, explica o médico.
 
O diagnóstico se dá pela consulta clínica com médicos – auxiliados por exames de imagens. Segundo Frederico de Moraes, o mais comum é que os pacientes já cheguem ao ortopedista com algum tipo de fratura por trauma leve, principalmente nos punhos, coluna, quadril, úmero ou costela.
 
No ano 2000, existiam no Brasil 14 milhões de pessoas acima dos 60 anos, o que representava 10% do total de habitantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde em 2050 o Brasil poderá chegar a 100 milhões de pessoas idosas. A prevalência da doença é de três para cada dez pessoas após os 60 anos de idade.
 
A série de fascículos tem o apoio do Aché Laboratórios.
 
Diagnóstico
 
Durante as primeiras décadas de vida, os ossos crescem e ficam mais resistentes, conforme a massa óssea aumenta. Oitenta por cento dessa massa é adquirida na puberdade, por ação dos hormônios sexuais e de crescimento. Na juventude, o pico da massa óssea fica entre 20 e 30 anos de idade – dependendo de uma nutrição adequada, exercícios e exposição ao sol para produção de vitamina D. Homens apresentam um pico de massa óssea maior do que o das mulheres, devido à testosterona e o maior diâmetro e comprimento ósseos.
 
Caso a pessoa faça uso de cigarro, álcool, tenha feito cirurgias, ou tido doenças, ou use de medicamentos, o pico de massa óssea pode ser prejudicado.
 
Como explicaFrederico de Moraes, a cada dez anos, nosso esqueleto através do processo de remodelação se renova totalmente. De maneira geral, o corpo humano tende a realizar reparos ósseos necessários de uma forma equilibrada ao longo da vida , no entanto , com o envelhecimento há uma tendência ao desequilíbrio entre o processo de reabsorção e formação, neste ponto se houver predomínio da reabsorção teremos então a osteoporose, e a necessidade de seu diagnóstico adequado.
 
De acordo com Moraes, o diagnóstico de osteoporose pode ser feito caso o paciente apresente fratura por trauma de baixa energia em locais característicos, como punho, coluna, quadril, úmero proximal ou costela – adicionando alguns fatores de risco, como idade acima de 70 anos, fratura osteoporótica prévia, tabagismo, etilismo, uso crônico de corticóides por mais de três meses, IMC abaixo de 19, parente de primeiro grau com fratura do colo do fêmur ou osteoporose secundária.
Clinicamente, o médico ainda pode investigar se o paciente tem osteoporose caso o paciente apresente perda de altura acima de 3 cm, dorso-lombalgia aguda, cifose dorsal aumentada ou contato das costelas com o ilíaco.
 
Tratamento e prevenção
 
“Uma vez estabelecido o diagnóstico de osteoporose o tratamento deverá ser iniciado o mais precocemente possível”, disse Moraes. Duas classes de medicamentos são utilizadas no tratamento da doença: os anti-reabsortivos e os anabólicos, a escolha da medicação é feita pelo médico que irá avaliar a necessidade caso a caso. Além disso, todos os tratamentos devem conter prescrição de cálcio e vitamina D associados.
 
Mais importante que o tratamento correto é uma prevenção adequada. A prevenção da osteoporose deve iniciar na infância para que se alcance um pico de massa óssea adequado. São diversos os fatores protetores da saúde óssea, como uma alimentação saudável, rica em cálcio e vitamina D, sem excessos de sódio, proteínas ou gorduras, pratica de exercícios físicos regulares, exposição adequada ao sol, e evitar os fatores de risco como cigarro, álcool, cirurgias, doenças, ou uso de medicamentos que prejudicam o pico de massa óssea. A dosagem ideal de ingestão de cálcio varia de 1000 – 1500 mg/dia.
 
Os exercícios físicos também são importantes por aumentar a massa óssea: eles diminuem a perda de mineralização óssea e revertem cerca de 1% ao ano a perda de massa óssea da coluna lombar e quadril em mulheres na pré e pós-menopausa. Além disso, melhoram a estabilidade postural, diminuindo o risco de quedas, lesões e fraturas, aumentando a flexibilidade e a amplitude de movimentos.
 
Os mais indicados são exercícios de força, como caminhada, Tai-Chi Chuan, dança, tênis; e os de resistência: musculação e peso, por, pelo menos, 30 minutos três vezes por semana
 
Dicas simples para prevenir quedas e fraturas:
 
Fazer exercícios físicos regulares
Utilizar sapatos firmes e não escorregadios
Evitar carregar peso e subir em cadeiras ou escadas móveis
Utilizar corrimão para subir rampas e escadas, utilizar barras de apoio especialmente
em lugares escorregadios (banheiros)
Utilizar tapete antiderrapante em banheiros
Cuidado com animais de estimação e objetos baixos
Manter boa iluminação na casa
 
Fonte: AMB

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